quarta-feira, 30 de abril de 2008

Reflexão do Meio do Caminho

[Postado por Reinaldo Ortega]

Amanhã chego aos 45, parecia muito distante há não muito tempo atrás, e nesse momento sou levado a pensar sobre coisas que nunca pensei, e pensei: existe vida após a morte? Provavelmente não, mas certamente existe morte após a vida! Tentemos aproveita-la.

Saudosismo

[Postado por Suzana]


Uma lembrança gostosa
de minha infãncia.

Feromônios virtuais

[Postado por Tina]

O Gui anda desesperado porque não consegue atrair o Google para o seu site.

Primeiro, Gui, você tem que saber que o Google (Search) já sabe da sua existência, porque você está hospedado no Blogger, que é da (empresa) Google. O que o Google precisa saber agora é do seu conteúdo. E como é que ele faz isso?

Existe um robot (isso mesmo: um robot) que faz isso. A menos que você não queira, robôs visitam páginas da internet todos os dias, com vários propósitos. A maioria deles vasculha sites à procura de conteúdo para engordar bancos de dados e indexadores de serviços de busca. O robot da Google chama-se Spider.

Esses robôs são (quase sempre) benignos. Cabe ao firewall e ao antivirus do seu provedor (nesse caso o Blogger), impedir a entrada de robôs maliciosos.

Existe uma técnica prevista pela W3C (o consórcio que organiza os padrões da Web) para evitar que robots varram um site. É só colocar no diretório (pasta) raiz do seu site um arquivo qualquer, desde que tenha o nome norobot. Intranets e outras redes privadas ou que queiram permanecer anônimas usam desse expediente.

Assim que chega em uma página, o robot procura por três coisas: o tag <meta> (já vou explicar o que é isso), o cabeçalho (tipicamente os 120 primeiros caracteres de uma página), e finalmente o resto da página. E ele atribui importância -- para efeito de buscas -- exatamente nessa ordem.

Colhendo e escolhendo

Imagine o robot coletor – que vive de colher palavras-chave – entrando em um site. Ele entra com um saquinho vazio e vai enchendo com palavras para levar embora e entregar ao seu chefe, o robot escolhedor. Que palavras ele colhe? Primeiro, as que estão nos tags <meta>. São as mais visíveis para ele. Depois ele vai no conteúdo e leva de 120 palavras até a totalidade delas, dependendo da importância do site.

De volta para casa, ele entrega ao robot escolhedor. O escolhedor separa as palavras dos <meta>. Essas serão passadas ao robô arquivista sem mais considerações. Aí ele procura no texto do conteúdo por palavras importantes, ou seja, aquelas pelas quais as pessoas mais procuram – e escrevem. Quanto mais palavras importantes no texto, maiores as chances do robot escolhedor mandar o conteúdo todo da página para o robô arquivista.

Tenha em mente que o trabalho desses robôs é dinâmico e inteligente. Há dois meses, por exemplo, se você buscasse pela palavra “nardoni” os resultados seriam pífios. Mas de repente os robôs perceberam que não só muitas pessoas estavam buscando por essa palavra, como ela começava a aparecer com enorme freqüência no material colhido. Os coletores e escolhedores então passaram a dar um peso cada vez maior ao vocábulo, de tal modo que qualquer página que incluir o nome “nardoni” no seu cabeçalho dificilmente vai passar despercebida por eles.

Ajustando a meta

O tag <meta> de que tanto falei é uma tripinha de programação HTML (a linguagem da página), que tem vários propósitos e vários sabores. Vamos ver só os que nos interessam. Os <meta> sabores description e keywords são os mais importantes para nossa pequena discussão. Como os nomes já dizem, eles colocam na sua página uma breve descrição do seu conteúdo, e uma pequena lista de palavras-chave para os mecanismos de busca. Um exemplo para um site de cinema poderia ser assim:

<meta name="Description" content="O cinetreco.com é um site que revela o cinema como ele é feito" />

<meta name="Keywords" content="cine, cinema, movie, diretor, direcao, roteiro, roteirista, ator, atuacao, atriz, artista, producao, produtor, curta-metragem, curtas, longa, cultura, cinema brasileiro, animacao, stop-motion, picture, box, pipoca, plano, angulo, camera, luz, fotografia, trilha, acao, drama, comedia, aventura, ficcao, romance, noir, serie, temporada, continuacao, expressionismo, classico, musical, trash, heroi, vilao, enredo, ingressos, edicao, trama, documentario, making of, cineclub, clube de cinema, cinemateca" />


Você pode editar esses <meta> como quiser.

Você pode escrever o que quiser na lista de palavras-chave? Não, não pode. Muitos espertinhos usavam palavras como sexo, bunda e outras cositas más para atrair pesquisas. Atualmente, quando uma palavra-chave inclui um termo muito visado, os mecanismos de busca percorrem o conteúdo da página para ver se é consistente com o tag <meta>. Se não for, babau. Os robôs consideram isso uma fraude e colocam o seu site em uma lista negra de coletas. Palavras-chave da moda (como por exemplo “nardoni”) também atraem a lupa do robô censor).

Reprogramando o <meta>

Se você conhece HTML, pode mexer no programa (modelo) do seu blog e incluir o tag <meta> que quiser. É só fazer uma copia de segurança antes, como manda o figurino.
Se você não tem familiaridade com essas coisas, peça a alguém que saiba para fazer isso para você (no seu caso, Gui, eu posso fazer, viu?).

Atraindo o povo

Mas tudo isso não basta. É preciso também que o Google (ou outro buscador) coloquem você em evidência, logo na primeira página de resultados se possível. O critério usado pelos mecanismos de buscas é do page rank. Maior o page rank, maior as chances de sua página sobressair-se.

O page rank é montado de acordo com alguns critérios. Os mais importantes pela ordem são:

1) Popularidade. Quanto mais tráfego tem o site, maior seu rank. Simples assim.

2) Referências. Quanto mais links de outros sites para o seu existirem, maior será o seu rank. Este é um critério importante e muito cobiçado, porquê o rank do site que aponta para o seu é considerado. Assim, ter um link seu no site da Globo ou de um blog famoso e importante conta mais pontos que um link aqui no Prozac (Chuiff...)

3) Assinantes RSS: Quanto mais acessos RSS seu site tiver, mais pontos. Cabe aqui uma propagandinha. Sabe aquela listinha de postagens que aparece no Assertiva cada vez que você abre a página principal? Aquela que mostra as últimas postagens da nossa aldeia? Ela é feita através de um acesso RSS. O que significa que, cada vez que Assertiva é aberto – seja por quem for – um robô de RSS é disparado para cada um dos blogs. Assim, cada vez que alguém entra no Assertiva, está contribuindo também para melhorar o rank de todos os outros blogs.

O host no qual o site está hospedado também pode contar pontos. O simples fato de você estar no blogger (com blogspot no endereço) já eleva a sua pontuação.

Tudo o que eu expliquei aqui é genérico, e cada mecanismo de busca tem suas especificidades. Os do Google podem ser encontrados em http://www.google.com/support/webmasters/bin/answer.py?hl=en&answer=34432. Nesse endereço há links para várias respostas às perguntas que você ainda tem.

Comprando prestígio

É possível pagar para ter prioridade nos mecanismos de busca? É sim. Alguns deles fazem isso às claras (como os tais links patrocinados do Google), enquanto outros simplesmente adicionam pontos ao seu page rank. Quanto mais pontos mais caro, claro.

Um site vale pelo conteúdo – seu e de seus leitores.

Espero ter sido útil, Gui, mas não se esqueça que visitação não é tudo. Cerca de 40% de todo o tráfego de Assertiva é do tipo dismiss, ou seja, de pessoas que chegam até lá pelo mecanismo de busca e não voltam nunca mais. Garimpar leitores é uma tarefa tão árdua quanto prazerosa, e é feita de uma única maneira: dando a eles conteúdo com a qualidade que eles merecem. Isso vale muito mais para blogs, onde as pessoas se relacionam, reagem, criam laços mais ou menos fortes.

Escreva, escreva, escreva. Aperfeiçoe sua escrita. Deixe que seu estilo aflore (e o seu é marcante), sem jamais criar um gênero ou deixar de ser você mesmo.
Com o tempo você verá mais e mais gente de qualidade visitando o seu blog (tem gente que arruma até namorado(a)!).

Friend-rank é muito mais importante que qualquer page-rank.

terça-feira, 29 de abril de 2008

TANTO MAR, PÁ!

[Postado por A.Tapadinhas]


"Portugueses e brasileiros têm muito a comemorar. Nós, pelo passado comum, a beleza do idioma, traços do nosso carácter que nos fazem diferentes em qualquer canto do mundo. Eles, pela descoberta de um país-continente que lhes perpetua a língua e a beleza dos costumes.
Somos, ambos, maravilhosos. Falta, apenas, descobrirmo-nos."

Angela Dutra de Menezes
in O Português que nos Pariu
Comecei com este livro às 10 da manhã. Acabei há pouco de o ler. Confesso que peguei nele, com um certo receio: temos muitos telhados de vidro...
No prefácio abri um sorriso, que não deixei, até ler as suas últimas palavras, porque "certas ocasiões exigem solenidade", mesmo que seja com um sorriso nos lábios.
Uma boa maneira de recordar/aprender a nossa história comum.

Pronto para declarar ...

[Postado por Flavio Ferrari]

Todo ano, na maior
O leão leva a grana
E a gente fica na pior

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Maldito Google

[Postado por Gui Ferrari]

Eu nunca entendi o Google, porque ele acaba sendo útil para achar coisas, mas ninguém me acha nessa maldita ferramenta.
Minha geração, sem o google, estaria nas livrarias todos os dias considerando a quantidade de coisas que hoje se estuda. Tudo bem que a globalização e informatização da informação deu frutos para o ensino, mas eu to de saco cheio do Google.

MEU BLOG NÃO APARECE NO GOOGLE!


Pronto, desabafei.

Websincrasias

[Postado por Flavio Ferrari]

Uma pequena curiosidade ...
A empresa em que trabalho recebe por volta de 5 milhões de e-mails por mês (isso mesmo, 5 milhões).
Destes, apenas 1% (pouco mais de 50 mil) são mensagens válidas.
O resto é composto basicamente por spam - 70% - e "ataques" (virus e quetais) - 25%.
Não é um absurdo ?????

domingo, 27 de abril de 2008

Matrinxã, piraputanga e pirarucu

[Postado por Anônimo]

Matrinxã, piraputanga e pirarucu

Ignácio de Loyola Brandão

Dedicada a Eduardo Martins


Na Nova Dutra, um acidente da altura de Santa Isabel me fez esperar 40 minutos. Eu pensando: chego a Caçapava a tempo? Estava a caminho para abrir a semana de comemorações do aniversário da cidade e tenho horror a atrasos. Enfim, andamos. Sete da noite, o cine Vogue vazio. Sala desativada, foi recuperada pela Secretaria de Cultura, não virou igreja de exorcistas. À noite ameaçava chuva, à tarde um temporal havia inundado bairros. Quem viria? Fui comer um sanduíche e, ao voltar, surpresa, o cinema estava quase lotado e na primeira fila vi o prefeito Carlos Vilela e o secretário de Cultura Fabrício Correia.Nós que rodamos o Brasil sabemos que se trata de raridade. Eles promovem, nunca vão. Em Caçapava, promoveram e me suportaram bravamente. Aliás, a dupla vem investindo em cultura e mesmo com verbas apertadas promovem concertos, exposições, palestras, feiras, mostras de cinema, interessados principalmente na cultura do Vale do Paraíba. Como o resgate da Festa de São João, uma devoção popular, que coloca em cena até o carro de boi em extinção. Por sinal, a secretaria realizou um belo vídeo O Canto do Carro de Boi. Em vez de lamentar e reclamar que não existe verba, nem lei Rouanet, e outras desculpas, tem gente que mete a cara e faz. Quem quer faz, quem não quer reclama!

Caçapava, cidade menina dos olhos da Ana Maria Martins, doce criatura, fica no epicentro de uma região, a do Vale do Paraíba, que já deu cinco imortais para a Brasileira de Letras: Miguel Reale (também foi da Paulista), de São Bento do Sapucaí, Cassiano Ricardo (também APL), de São José dos Campos, Osvaldo Cruz, de São Luís do Paraitinga, Francisco de Assis Barbosa, de Guaratinguetá, e o barão Homem de Melo, de Pindamonhangaba.

Nem bem cheguei, parti. Para Cuiabá, a fim de participar do Centro Cultural Banco do Brasil Itinerante. Paulo Caruso e eu falaríamos sobre a crônica brasileira. Por que Caruso o humorista, cartunista? Porque cada desenho seu é uma crônica de nosso tempo. Foi um prazer enorme estar ao lado dele enquanto eram exibidos seus cartuns satíricos, sarcásticos, percucientes. Um deles, antológico, o Capela Severina. Inspirado na Capela Sistina do Vaticano, Caruso construiu uma pintura mordaz que demole usos e maus costumes da política brasileira. A platéia delirou e, como a maioria era formada por estudantes de comunicação, ele deu uma aula de como desenhar e contar sobre tudo o que está aí. Organizados por Luis Nunes e Beatriz Gonçalves, esses encontros vêm traçando um panorama da cultura brasileira e têm sido levados Brasil afora. Não, não, o CCBB não funciona apenas no Rio de Janeiro e São Paulo, ele se estende, se ramifica. Quem quer fazer faz!

Nossa mesa foi mediada pelo jornalista Lorenzo Falcão que revelou uma qualidade rara em mediadores. Seguro, passava a palavra de um para o outro, controlava o tempo, ficava atento ao auditório. Mediadores, em geral, precisam demonstrar cultura, conhecimento, ficam excitados para aparecer mais do que os palestrantes, fazem longos discursos, querem ser as estrelas. Lorenzo foi preciso, tranqüilo, não tem insegurança, deixou Paulo e eu à vontade, não tínhamos um competir afoito. Mais do que isso, no fim ele nos levou a uma Peixaria, a Lélis. Quando ouvi falar em rodízio de peixes, arrepiei. Rodízios são tenebrosos, os garçons de minuto em minuto enfiam coisas em nosso prato. Quebrei a cara! Na Lélis os garçons trabalham no ritmo lento, olham para seu prato, sabem quando oferecer. Assim, degustei pintado, pacu, piraputanga, pirarucu e matrinxã com vagar. Peixes que se dissolviam na boca, que vinham recheados com farofa de couve, que chegavam acompanhados com creme de palmito, ou o creme de banana, ou farofa de banana. Indo a Cuiabá, anotem o nome, Lélis. Para encerrar, uma dose de canjinjin, licor local, à base de vinho e muitas ervas, com um sabor indefinível, mas que nos colocou de bem com o céu e a terra. Caruso desenhou a caricatura do garçom que nos servia; logo veio outro, ele também queria; vieram todos, ele passou meia hora fazendo caricaturas que fascinaram o pessoal, até a gerente e o segurança quiseram. Admirável é a rapidez do cartunista, o olhar, a linha exata e engraçada. Um traço faz diferença!

Ao acordar, no dia seguinte, andei pelo centro. Oito da manhã e o termômetro marcava 38 graus. Na livraria Janina queria um livro de Ricardo Guilherme Dicke, dos maiores escritores brasileiros. Guimarães Rosa, Jorge Amado, Hilda Hilst e Glauber Rocha adoravam Dicke. Encontrei apenas um exemplar, o último de uma edição local de Deus de Caim, premiado no Walmap em 1967, um dos maiores prêmios literários da época. O romance que derrotou o meu Bebel Que a Cidade Comeu que concorria também.

(Cronica publicada no jornal 'O Estado de Sao Paulo' em 18/04/2008, que me foi enviada pelo amigo Francisco Oitavo - potiguar de boa cepa, nascido no sítio Mutamba, oitavo de dezessete filhos, todos "Francisco/Francisca" mais seu devido "numeral" )

Centro de Eventos do Pantanal em 09/04/2008

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Vende-se rifa. Prêmio: medalha mundial.

[Postado por Raquel Neves de Mello]

José Roberto Soares Neto é um atleta de jiu-jitsu. Ele já foi cinco vezes campeão paulista e uma vez campeão brasileiro. Ele teve que faltar a sua formatura na oitava série porque naquela noite ele estava em São Paulo recebendo a medalha "Campeão Olímpico Aurélio Miguel 2007" da Prefeitura de São Paulo. E ele tem apenas quinze anos!

Não sou lá muito chegada em esporte, mas esse menino me impressiona. Além de ser um atleta de muito talento, é um rapaz de excelente índole, bem educado, disciplinado e estudioso. Ele é o tipo de atleta que eu quero como exemplo para o meu filho.

A matéria que ilustra esse post é da Gazeta de Cosmópolis da semana passada. Netinho classificou-se para o Mundial de Jiu-Jitsu na Califórnia. A viagem vai acontecer no começo de junho e ele vai precisar de $1700 dólares para passagem e hospedagem. O porém é que a família não tem como arcar com essa despesa e ele não tem nenhum patrocinador.

Como reclamar do pouco valor que esse país dá à educação, ao esporte, à saúde, blá, blá, blá já ficou cansativo, eu tô fazendo a minha parte. Além desse post, já mandei e-mail para todos os amigos que trabalham em empresas que possam se interessar em patrocinar essa viagem. E eu posso garantir que esse menino é um investimento com lucro certo. Protocolei pedido de apoio na Prefeitura de Cosmópolis e pedi audiência com o presidente da Câmara. Além disso, por garantia, tô vendendo rifa de uma bicicleta, um DVD e um "kit feminino". Se alguém quiser tentar a sorte, é só me avisar.

Dengue gaúcho...

[Postado por Anne M. Moor]


quarta-feira, 23 de abril de 2008

último aviso chato, sério!

[Postado por Gui Ferrari]

Então gente!
eu apaguei o blog "bate papo com gui ferrari", portanto se alguém tem ele na sua lista de links, apague-o!

mais uma vez, lembro-lhes que meu novo blog é o audiovisueiros!

o último dia

[Postado por Érica Martinez]

bom, já que era só mesmo o que faltava e todo mundo já está fazendo declarações de amor, confessando pecados e eteceteraetal:
O QUE VOCÊ FARIA SE SÓ TE RESTASSE UM DIA?


Meu amor
O que você faria se só te restasse um dia?
Se o mundo fosse acabar
Me diz, o que você faria? (refrão)

Ia manter sua agenda
De almoço, hora, apatia?
Ou esperar os seus amigos
Na sua sala vazia?

(refrão)

Corria pr'um shopping center
Ou para uma academia?
Pra se esquecer que não dá tempo
Pro tempo que já se perdia?

(refrão)

Andava pelado na chuva?
Corria no meio da rua?
Entrava de roupa no mar?
Trepava sem camisinha?

Meu amor
O que você faria?
O que você faria?

Abria a porta do hospício?
Trancava a da delegacia?
Dinamitava o meu carro?
Parava o tráfego e ria?

Meu amor
O que você faria se só te restasse esse dia?
Se o mundo fosse acabar
Me diz, o que você faria?
(Último Dia - Paulinho Moska)

Tremedeira

[Postado por Ernesto Dias Jr.]

Terremoto em São Vicente. Ou perto.
Cruz credo, Carolzita: que andas tu fazendo??

Um pensamento de banheiro...

[Postado por Gui Ferrari]

não podemos ter pudor (com nós mesmos), e nem vergonha (de nós mesmos) quando estamos sozinhos.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Serendipity

[Postado por Flavio Ferrari]


Não consigo pensar em uma palavra melhor para definir o que tem acontecido comigo nos últimos anos ...
imagem: The Sentry - Cubic Mandelbrot Gallery - http://www.mysticfractal.com/fractal_mirage/cubic.html

domingo, 20 de abril de 2008

Postagens longas

[Postado por Flavio Ferrari]

Alguém já deve ter percebido que não costumo fazer postagens longas.
Simples: não tenho paciência para ler postagens longas, logo, conto com o fato de que os outros também não tenham.
Uma vez perguntei ao meu avô o que deveria fazer para garantir o amor de uma mulher.
Ele respondeu-me, sintético:
- Piadas curtas e engraçadas; trepadas longas.
- E funciona, vô ?
- Nem tente fazer o contrário, meu neto !!!

Também já fui ...

[Postado por Flavio Ferrari]


Fiquei com inveja do Walmir (O Centauro) e decidi comprovar que também já fui cabeludo...
Mas tenho que reconhecer que a juba dele ganhava de longe da minha !

Pensamento domenical

[Postado por Flavio Ferrari]

OBA !

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Níveis de atolação - Uma vida; um sonho; uma merda.

[Postado por Gui Ferrari]

Pra mim, o resultado da quantidade de tarefas x quatidade de stress pode ser quntificado e então reduzido em três patamares.

O primeiro, é aquele que você não tem quase nada para fazer. Então você fica pensando:

pô! eu não tenho nada pra fazer, então eu vou... eu vou... vou dar uma enrolada aqui, daí...


O segundo é um pouco diferente. você está cheio de coisas para fazer. daí, para otimizar o seu tempo você pensa desesperadamente:
caramba! se eu tenho que chegar lá as 13:47h então eu tenho que sair daqui em três minutos! porque senão eu atraso no compromisso das 16:36h!


O terceiro e último nível do stressômetro/coisometrodetarefas é aquele que você tem tantas, MAIS TANTAS! coisas pra fazer que você pensa:
claramente eu não vou terminar tudo o que tenho para fazer hoje... então eu acho... acho que vou tomar um café aqui. ô moça, tem café?.



Gostaria de lembrar que tenho um novo blog! e como tá no comecinho, quero ficar divulgando pra vocês o tempo todo! mas a vida é assim. meu pai, no blog dele, disse que sempre queremos chamar a atenção no mundo moderno... portanto...

o endereço do outro blog é esse aqui: www.audiovisueiros.blogspot.com mais como eu gosto de fazer que nem o Ernesto, se você quer ir para o meu outro blog, clique aqui

Vozes

[Postado por Anne M. Moor]

Muitas vozes falam em mim.
Uma delas escreve

(Viviane Mosé)

quinta-feira, 17 de abril de 2008

18 de abril - Dia Nacional do Livro Infantil

[Postado por Anônimo]

"A vida, Senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem para de piscar, chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos - viver é isso. É um dorme e acorda, dorme e acorda, até que dorme e não acorda mais.[...] A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso. Um rosário de piscados. Cada pisco é um dia. Pisca e mama; pisca e brinca; pisca e estuda; pisca e ama; pisca e cria filhos; pisca e geme os reumatismos; por fim pisca pela última vez e morre.
E depois que morre? - perguntou o Visconde.
Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?"
(Memórias de Emília, 1936)

José Bento Monteiro Lobato nasceu a 18 de abril de 1882 - mas jurava de pé junto ter nascido em 1884.

coisa de mulher

[Postado por Érica Martinez]

mulher tem mesmo dessas coisas:
-gavetas lotaaadas de roupas: "não tenho o que vestir!!!"
-armário com pares de sapatos saindo pelo ladrão: "ai, vou levar este porque preciiiiso!!"
-o cabelo levou mil meses para crescer e na hora que está ficando mesmo bom: "é só uma cortadiiiinha..."

a gente esquece que os cabelereiros são artistas... e que nem toda arte... hum... agrada...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Pensamentinho

[Postado por Ernesto Dias Jr.]

Nem sempre sei como dizer as coisas.
Então eu uso palavras.

Tenham paciência comigo, por favor!

[Postado por Gui Ferrari]

Gente, quem tiver disposição e tempo por favor entra lá no blog de cinema e vejam o primeiro post sobre som no cinema. Gostaria que vocês me falassem se gostaram ou não! ainda estou aprendendo a escrever coisas que sei explicar falando, e eu queria uma opinião!

Desde já muito muito muito obrigado!

terça-feira, 15 de abril de 2008

AVISO DO GUI!

[Postado por Gui Ferrari]

atenção blogueiros de plantão, aviso que estou abandonando o blog "bate papo com gui ferrari" temporariamente para me dedicar ao desenvolvimento do blog "Audiovisueiros".

O blog foi criado para publicar os relatórios do meu mais recente grupos de estudos sobre cinema e outras obras audiovisuais, e acredito que vocês podem se interessar!!

acabou de entrar no ar (ontem) e ainda está em fase de estruturação, mas na lateral vocês já podem ver algumas dicas de filmes! mais dicas virão e aparecerão mais novidades!!!

apareçam por lá!!
www.audiovisueiros.blogspot.com
Boa leitura!!!!!!
brigado pela atenção!

Memórias mutantes

[Postado por Flavio Ferrari]

Me lembro de outrora
Não como foi
Mas de como é agora

segunda-feira, 14 de abril de 2008

PRIVADA

[Postado por Gui Ferrari]

Eu ando falando muito de coisas escatológicas, mas é uma vontade inevitável. Eu gosto de falar das coisas que me incomodam falar, para ver a minha reação e a reação dos outros.

No caso, o que vou falar nem é tão terrível assim.

Eu ando pensando nisso faz tempo:
Já perceberam que a privada é um invento muito imbecil? Não o esgoto, essa não é a discussão. A questão é que o material, o formato e aquela aguazinha no fundo dela são tudo burrice. Vou me explicar.
Aquele material. Não existe coisa melhor para fazer reverberar o som! Na verdade, é perfeito quando o objetivo é a mínima absorção de som! Não só isso como a privada tem formato de cone! VIRADO PARA FORA! então não só reverbera, como ajuda a espalhar o som e de alguma forma AMPLIFICA! e tem mais! o que que é aquela aguazinha? Além de fazer barulho, RESPINGA!
isso que eu nem começei a falar da descarga...

domingo, 13 de abril de 2008

Disparadores de emoções

[Postado por Flavio Ferrari]

Estive pensando nesse final de semana ...
Engraçado como associamos algumas coisas (cenas, objetos, músicas, cheiros) a emoções ...
A gente escuta uma música, ou sente um cheiro, ou percebe um gesto, e volta a sentir aquilo que sentiu, em algum momento marcante da vida, quando aquele mesmo estímulo esteve presente. Não necessariamente se lembra do que aconteceu. A emoção bate primeiro.
Uma coisa assim meio Pavloviana, incontrolável.
Nenhuma novidade, não ?
Mas não me canso de me surpreender com isso...

sábado, 12 de abril de 2008

Serve assim?

[Postado por Anne M. Moor]


sexta-feira, 11 de abril de 2008

TENHO NADA PARA FAZER

[Postado por A.Tapadinhas]

TENHO NADA PARA FAZER

Não ter nada para fazer é algo que só recentemente começou a ser reconhecido como um dos pilares do desenvolvimento do País.
Estou a pensar nos milhões de contos pagos para os barcos de pesca serem reduzidos a achas para uma fogueira que ainda não atingiu o máximo de calor, embora as labaredas comecem a fazer estragos; nos milhares de agricultores pagos para não cultivar; nos milhares de operários mandados para casa pré conformados, reformados, numa espécie de experiência pré nupcial, para os restos da vida.





...como se prova afinal havia muito para fazer: a relva do meu jardim precisava ser cortada, para não falar nos ramos das palmeiras...










E no que todos ganharíamos se a RTP fechasse, e se os aviões não levantassem voo, e se os comboios tomassem os carris nos dentes e galopassem desenfreadamente para lado nenhum.
E naqueles que não se dão ao trabalho de sair de casa para receber o rendimento máximo, desde que garantam a mínima produtividade.
No passado fim-de-semana, devido a uma série de circunstâncias tão difíceis de conjugar como o verbo haver, fiquei sozinho em casa, pronto para colaborar na campanha.
Acordei com o chilrear dos pardais que soaram aos meus ouvidos, como trinados de rouxinol na época de acasalamento.
Fui comprar o semanário e tomei o pequeno-almoço já apressado, com o desejo de começar, quanto antes, o curto período de férias, no lar.
Quando dei as duas voltas à chave, no portão do quintal, senti o mesmo gozo sádico do carcereiro ao encerrar um assassino na sua cela da morte.
Depois de entrar em casa fiquei com dois pontos vulneráveis no meu forte: o telefone e o telemóvel esse Big Brother orelhudo que segue todos os portugueses.







...na falta de fotografia fiz um desenho do atentado...








A campainha da porta não funciona: foi assassinada com pá e enxada pelo jardineiro que tem o dom de transformar em profundas escavações arqueológicas o que devia ser um preparar suave da terra para semear flores, partindo, rasgando, destruindo, cortando fios de electricidade, canos de água, de gás, ou esgotos, com a tranquilidade furiosa de quem cumpre o seu dever. Os fios do telefone salvaram-se desta chacina porque entram em casa pelo ar. Talvez eu lhe peça um dia para aparar os ramos das árvores…
Ficaram, assim, criadas as condições para me defender da perseguição implacável que um Deus misterioso desenvolve para me coarctar a liberdade de não fazer nada, ou melhor, só aquilo que quero: pintar - a forma de trabalho que mais se parece com a preguiça, porque deixa livre o pensamento, essa defesa contra as perseguições insidiosas de todos os seres malignos.
Não fazer nada é seguir o exemplo de Deus: trabalhar muito mas ao sétimo dia descansar, ir para férias.
E julgo que ainda não regressou, o bom malandro…

amigos

[Postado por Érica Martinez]


Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá,
mas pelo que nos revela de nós mesmos.
Miguel Unamuno

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Reaperecimento repentino.

[Postado por Gui Ferrari]

Reapareci! quem diria, ein? Acabei de ler uma matéria no jornal sobre um livro de um cara que fala sobre amor. "Uma história de amor... com final feliz!" de Flávio Gikovate, um psiquiatra fala sobre como o individualismo pode salvar o amor em um relacionamento. Em uma reportagem para a folha ele disse uma coisas interessantes:

"o individualismo não é egoísmo. O egoísta gosta de turma, porque é ai que encontra um generoso para "mamar na teta". O generoso também não é individualista porque tem a necessidade de dar. O individualismo resolve o dilema entre o egoísmo e a generosidade"

"meu livro tem dois finais: um é ficar sozinho; outro, bem acompanhado. Ambos representam a vitória da individualidade."

então a folha pergunta: "como o sexo ocorre nesse amor que parece amizade?" (as perguntas da folha sempre me surpreendem em sua... sua.... bem, digam-me vocês...)

ele então responde:
"isso é um problema porque, em nossa cultura, o sexo vai melhor quando há briga. As pessoas gostam mais de transar com inimigos do que com amigos. isso mostra como precisamos avançar no entendimento da questão sexual. ainda é preciso inventar um erotismo que não seja comprometido com a vulgaridade e violência. para superar isso, é preciso ser criativo e entender que as leis da atração sexual não são as mesmas das relações afetivas de boa qualidade. Na hora do sexo, talvez seja necessário mudar o canal, no qual o outro tem de deixar de ser o parceiro sentimental para ser outro. É assim que os casais que se amam de verdade descobrem estratégias para que o sexo flua."

gente, sobre essa última resposta dele, eu fiquei um pouco confuso. não sei se é culpa da redatora, porque em geral eles da folha mudam o que falamos as suas reportagens, mas achei esquizito.

enfim, é isso. DICA MUSICAL DESSA POSTAGEM: Triálogo (trio de jazz, não tão dificil de encontrar tocando por ai. Baterista chama-se Pérsio, muito muito bom, a pianista chama-se Débora, a melhor pianista de jazz que já conheci, e o baixista chama-se Itamar Colasso, já com alguma fama pois hoje em dia substitui o ex-baixista do zimbotrio. mais informações, me pergunte!!!!)

beijos e abraços!

Pedir desculpas

[Postado por Flavio Ferrari]

Estávamos conversando, Ti e eu, quando descobrimos mais um ponto em comum.
Não gostamos de pedidos de desculpas.
Depois de discutirmos em busca de razões e motivos, chegamos à seguinte conclusão:
- Eu acho que se você já prejudicou de alguma forma o outro, não tem cabimento pedir que ele faça alguma coisa para você (te desculpar).
- A Ti sente que quem pede desculpas tende a repetir o "erro", o que faz sentido uma vez que o desculpado (des-culpado), livre da culpa, sente menos o peso de sua ação.
Pedir desculpas é diferente de demonstrar arrependimento ou disposição para não prejudicar o outro novamente coisa que, na maioria das vezes, fazemos sem intenção.
Melhor assumir a mancada e tentar não repetí-la.
Gosto da expressão que o Guilherme usa:
- Mal aí, cara !

quarta-feira, 9 de abril de 2008

DICAS

[Postado por Carol Dias]

SUMIDA EU? imagiiina

Bom, ai vão algumas dicas valiosas (pelo menos para mim) dos ultimos filmes que vi.



Awake - A Vida Por Um Fio
(Awake)
EUA, 2007 - 84 min
Suspense Direção:Joby Harold Roteiro:Joby Harold Elenco:Hayden Christensen, Jessica Alba, Terrence Howard, Lena Olin, Christopher McDonald, Arliss Howard, Fisher Stevens
Sinopse: O drama aborda a história de Clay que é submetido a uma cirurgia no coração e inesperadamente sofre de consciência anestésica, que o deixa acordado, mas paralisado durante toda a operação. Mesmo apavorada, sua mulher (Jessica Alba) deve enfrentar seus demônios e encontrar uma forma de trazer seu marido de volta.
Nunca ache que um filme é igual ao outro. Este com certeza irá te surpreender. Quando você acredita que o mocinho ficará com a mocinha e viverão felizes para sempre, tudo muda de figura e você fica de boca aberta com o rumo que a trama toma.
Eu recomendo!




O Orfanato
(El Orfanato)
Espanha, 2007 - 100 min
Suspense Direção:Juan Antonio Bayona
Roteiro:Sergio Sánchez
Elenco:Belén Rueda, Roger Príncep, Fernando Cayo, Mabel Rivera, Montserrat Carulla, Geraldine Chaplin, Edgar Vivar

Sinopse: Laura passou sua infância em um orfanato e ao casar-se decidir viver na mesma casa. Mas seus amigos ainda estavam presentes por algum motivo.
Eu e o Diego adoramos assistir o filme sem ler legenda rs! O filme é muito bem sacado e inteligente. Dá medo sim, mas deixa filmes americanos de terror no chinelo pois tem um final coerente e de bom gosto. Assistam!


Também assisti Eu sou a lenda com Will Smith. Magnifico! Mas deixa
para próxima que eu estou com sono..

terça-feira, 8 de abril de 2008

O sentido da vida

[Postado por Flavio Ferrari]

Rindo sem motivo
Quem foi que disse
Que há que ter objetivo ?

segunda-feira, 7 de abril de 2008

LEVANTANDO ANCLAS

[Postado por ana]

Conseguir recordar, recoger el cabo suelto del suelo
y tirar fuerte, hasta el agotamiento, hasta dejarme...
encontrar el motivo, la razón , ganarte y perder
este desconcierto.

Conseguir retomar el rumbo con el viento en popa,
deshacer el escondrijo y quebrar el mar, hasta escaparme...
hasta encontrar el placer en ser, en vivirme,
en recostarme y amanecer.

Perder de vista la tierra que un dia me sujetaba,
soltar los años que arañan como fieras mi espalda,
hurgar en el horizonte, con el paladar de la distancia
y navegar.




Conseguir recordar, recolher o cabo solto do solo e atirar forte,

até o agotamiento, até deixar-me...

encontrar o motivo, a razão , ganhar-te e perder este desconcerto.

Conseguir retomar o rumo com o de vento em popa,

desfazer o esconderijo e avariar o mar, até escapar-me...

até encontrar o prazer em ser, em viver-me, em recostarme e amanhecer.

Perder de vista a terra que um dia me sujeitava,

soltar nos anos que arranham como ferozes minhas costas, hurgar no horizonte,

com o paladar da distância e navegar.

Ana




Gracias Walmir, este mi primer post, es un regalo para ti, por tu amistad y por ser como eres.

Obrigado Walmir, este meu primeiro post, é um presente para ti por tua amizade e por ser como és.

La imágen: "Kay West" de Winslow Homer.

domingo, 6 de abril de 2008

ainda a nouvelle vague

[Postado por Udi]

a inspiração do Flavio é contagiante: nouvelle vague remete a Truffaut, daí... como não lembrar de Jules et Jim? (celebrando um re-encontro)

Vontade própria...

[Postado por Anne M. Moor]


Quando meu 'mouse' resolve ter vontade própria me dá uma vontaaaaaaaaaaaaaaade de jogar longe... Você não? Cliquem aqui para ver como não sou só eu...
PS: No meu pc está demorando um pouco pra abrir... Tenham paciência que vale a pena...

Nouvelle Vague

[Postado por Flavio Ferrari]

Toda transgressão tem seu preço e a memória é o oficial de cobrança.
Aquele que rompe, rompe com o quê ? Com quem ?
Nos verdes campos da moralidade não pode pastar a liberdade.
Dos bons costumes depure-se os costumes bons. Bons para quem ?
E o outro ? Ah ... o outro.
Mijar no poste da esquina, embriagado de cerveja belga, perdido nos reflexos dourados da lâmpada de sódio no jato de urina.
Aí, não há um outro. Só você, o poste, a lâmpada e a urina, outrora cerveja belga.
Le jour de gloire est arrivé.
Contre nous de la tyrannie, allons enfants de la Patrie.
La tyrannie c'est moi !!
Le Roi est mort, Vive le Roi !!

sábado, 5 de abril de 2008

A CHAMADA DA MORTE

[Postado por A.Tapadinhas]




Chamada da Morte
Acrílico sobre cartolina preta 30x22cm

A CHAMADA DA MORTE

Pela primeira vez, mais de um ano decorrido sobre os acontecimentos, dos quais fui actor involuntário, vou relatar o que se passou, com a certeza de que apenas servirá para aumentar dúvidas arrepiantes e, porque não dizê-lo, elevar o meu medo, num crescendo aflitivo, inexplicável, assustador e sinistro.
Não pretendo desvendar nenhum mistério, nem formular hipóteses de explicação. Pretendo apenas (e é tanto!), exorcizar fantasmas.
Tudo começou nessa noite de Inverno, com vento de agulhas e frio de gelar fogos. Entrei no café e sentei-me, tremelicando o pedido de uma bebida, enquanto amaldiçoava o tempo.
Na mesa ao lado, um homem que eu via pela primeira vez, concordou comigo:
- “ Tem razão! É uma porcaria de tempo! Mas repare que assim tem algo de concreto para odiar. Eu, infelizmente, nem isso tenho! É tão bom odiar: o tempo, a vida, as pessoas…”
Era tão estranha a sua conversa, na normalidade das suas roupas, tão singular a sua maneira de falar, que pensei estar a ouvir um louco. Sem uma pausa, continuou, em jeito de confissão:
- “ Nunca disse a ninguém mas vou confiar-lhe, a si, porque é um desconhecido, o meu segredo: eu vivo apavorado! Oiça bem: apavorado! “ - e puxava-me as bandas do casaco, as mãos como cabos eléctricos a ligar-me à veemência do seu grito.
(E tinha razão: eu senti a corrente a passar!)
- “ Sou orgulhoso demais para contar a um amigo, o medo que me dilacera a alma, o pavor da Morte. Sou escritor. Nos meus livros, conto as minhas impressões de viagens a terras distantes, às mais estranhas, porque quero ser diferente, original. A Vida não tem de ser igual para todos. Igual só o Nascimento e a Morte - o Princípio e o Fim. O que se passa durante, depende de cada um de nós. Uma certeza que se desfez como bola de sabão, numa tempestade de granizo.”
Mandei vir mais duas bebidas: já não podia fugir.
- “Há quinze dias, o meu melhor Amigo e Mestre (palavras quase sempre sinónimas), morreu inesperadamente. Uma pequena Eternidade para mim, toda a Eternidade para ele. Será que podemos fraccionar a Eternidade? Como se medem Eternidades? Einstein estava enganado e enganou-nos a todos: a luz, afinal, era mais veloz no Princípio. Será que está a perder velocidade desde então? Sendo assim, todos nós ficaremos agarrados a um imenso buraco negro, no fim do Mundo.”
Engoli o resto da bebida. Fazia-me falta!
- “Temi endoidecer! Quase uma semana depois da morte do meu amigo, a sua viúva telefonou-me com gritos silenciosos de terror estridente, na sua voz. Queria encontrar-se comigo. Arrumei a minha dor, subitamente desperta, numa prateleira e saí a correr. Afinal não era nada urgente ou inadiável. Tinha a ver com a Eternidade: um assunto que pode esperar!
Para encurtar razões, depois da sua morte, nunca mais conseguiram encontrar o seu telemóvel. Mas ele existe - não morreu com o dono, como os servos dos faraós. A Companhia continuou a debitar chamadas para pessoas com as quais não temos a possibilidade (não?) de falar: Fernando Pessoa, Alexandre Herculano, Mário de Sá-Carneiro, José Cardoso Pires… Sabe o que sugeri?”
Abanei a cabeça.
- “Abram a sepultura, exumem o cadáver, procurem e destruam o aparelho, antes que as larvas e os vermes comam tudo, como os vampiros da canção.”
Um calafrio percorreu-me o corpo, mas mesmo assim consegui sorrir, enquanto dizia:
-É um mistério, sem dúvida mas não é caso para ficar aterrorizado.
O homem olhou para mim, com arrepios de gelo azul nos olhos:
- Esse telemóvel nos últimos dias tem chamado o meu número. Quando pergunto quem fala, só oiço ruídos de infinito.
Nesse preciso momento, ouvi com todos os meus sentidos a vibrar, um toque de campainha.
Um esgar de pavor, contraiu-lhe o rosto.
Atónito, petrificado, vejo-o a sair, correndo... correndo…
Levantei-me a custo. Consegui vê-lo, ainda, à esquina da rua, com o telemóvel na mão.
Perguntei ao dono do café se conhecia o senhor que acabara de sair.
- É um escritor e poeta muito conceituado, nosso cliente habitual. Sempre calado, calmo, a observar as pessoas… É estranho o seu comportamento.
No dia seguinte, na primeira página do jornal, lá vinha a notícia que eu não queria:
“ Morreu o escritor…”
Fiquei a olhar para a fotografia. Era o meu interlocutor de ontem...
Acreditava no que via – a notícia, sem acreditar, ainda, no que tinha ouvido – a chamada da Morte.

O que nos une

[Postado por Flavio Ferrari]

O amor,
a amizade...
O clamor,
a ansiedade...
A dor,
a dificuldade ...
O temor,
a veleidade...
O calor,
a prosperidade...
E o que for,
nossa liberdade.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

PERFEIÇÃO

[Postado por Érica Martinez]

Mais uma da série: "Inspirado por" (plagiando FF - hehe) Ernesto e Ortega

Composição: Renato Russo
(com Trecho Da Música Ao Vivo)

Vamos festejar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja de assassinos
Covardes, estupradores e ladrões
Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar o nosso governo
E nosso estado que não é nação
Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião
Vamos celebrar Eros e Thanatus
Perséphone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade
Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
E os mortos por falta de hospitais
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
E o voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
Todos os impostos, queimadas, mentiras e sequestros
Nosso castelo de cartas marcadas
O trabalho escravo e nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia e toda a afetação
Todo o roubo e toda a indiferença
Vamos celebrar epidemias
É a festa da torcida campeã
Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar um coração
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado de absurdos gloriosos
Tudo o que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos o hino nacional
(A lágrima é verdadeira)
Vamos celebrar nossa saudade
E comemorar a nossa solidão
Vamos festejar a inveja
A intolerância e a incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente a vida inteira
E agora não tem mais direito a nada
Vamos celebrar a aberração
De toda nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror de tudo isso
Com festa, velório e caixão
Está tudo morto e enterrado agora
JÁ aqui também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou essa canção
Venha, meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha, o amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha, que o que vem é perfeição

TRECHO DA MÚSICA AO VIVO (CD "Como é que se diz eu te amo")
"I'm so happy 'cause today
I've found my friends,
They're in my head
I'm so ugly, but that's ok
'cause so are you
yeaaahhhhhh!!!" (Nirvana - Lithium)

"E a nossa história
não estará pelo avesso assim sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá vamos viver
temos muito ainda por fazer
Não olhe pra tras
apenas começamos
O mundo começa agora...
Apenas começamos!" (Legião Urbana - Metal Contra As Nuvens)

Xiiiii...

[Postado por Ernesto Dias Jr.]

Pessoal, minha última postagem no Assertiva (Porque não se calam?) está com defeito. Fato inédito: os comentários estão desaparecendo. E só nesta última postagem. Das duas uma: ou a censura começou (rsrs), ou o Blogger está com alguma instabilidade.
A Tina está investigando. As primeiras avaliações não mostram nada de errado com o modelo ou o programa.
Alguém mais tem notado o fenômeno em seu blog?

[Postado por Reinaldo Ortega]


ESCOLINHA DO CHAVES
por Reinaldo Ortega

É inegável que o Brasil navega tranqüilo na maré da economia global aquecida e com os ventos favoráveis de uma economia interna estável, passando ileso pela marola da crise norte-americana e, nesse barco Lula vai de primeira classe. E até aqui, nada de mais.
Porém, negando veementemente que tenha interesse na possibilidade de um terceiro mandato, Lula segue em clara campanha eleitoral pelo país. Se isso não fosse contraditório por si só, o vice-presidente José Alencar faz uma declaração que sugere que o presidente não deve sair do barco no próximo porto, aproveitando os bons ventos.
Nessa mesma direção, o deputado Devanir Ribeiro do PT de São Paulo defende uma emenda constitucional que permita o terceiro mandato.
Como na “democracia” venezuelana o governo brasileiro demonstra que acredita que não há ninguém capaz de comandar o país, e com esse argumento, tenta se perpetuar no governo, usando o próprio sistema democrático para atingir esse objetivo.
Se o terceiro mandato tornar-se constitucional, o argumento do povo querer que o atual presidente continue no poder se confirmará ao módico custo de trinta reais por voto da grande maioria de eleitores.
Mas se depois de tanto negar Lula for novamente candidato a presidência, poderá se justificar usando uma frase do célebre filósofo homônimo do presidente da Venezuela: “Foi sem querer querendo”

No passeio sugerido pelo Flávio

[Postado por Suzana]

Não deixem de colher flores.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Menos

[Postado por Flavio Ferrari]

Fiz uma postagem lá no Arguta sobre a desatenção masculina.
Lamentavelmente, não me enquadro no perfil do homem "médio".
Sou atento demais, encucado demais, interpretativo demais.
Talvez porque seja curioso, tenha passado por alguns anos de análise e me interesse por pessoas.
Torna o mundo mais interessante.
Mas, acreditem, tem seu custo.
As vezes preferia ser menos ...

Meu Credo

[Postado por Walmir Lima]


"Se você tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando.
Falei muitas vezes como um palhaço, mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria. "
Charles Chaplin


Hoje me lembrei de Chaplin. Suas frases, como a acima, marcaram minha vida. Seu exemplo como 'artista da vida' me ajudou a construir meu credo e me fez carregar o que digo para mim mesmo todos os dias:

Bom mesmo é ir á luta com determinação,
Abraçar a vida e viver com paixão,
Perder com classe e vencer com ousadia,
Porque o mundo pertence a quem se atreve
E a vida é muito para ser insignificante!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

DANGER

[Postado por A.Tapadinhas]


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AVISO DE AMIGO
Chegou hoje à minha caixa de correio.
Para as senhoras, tenho só uma recomendação:
Não abram porque não vos interessa nada... coisas de homens...
Para os homens, tenho não sei quantas recomendações:
A primeira é:
Não abra.
A segunda é:
Não oiça.
A terceira é:
Não leia.
(De preferência as duas em simultâneo)
Se não atendeu nenhum dos meus pedidos o problema é seu...
Mas siga o meu conselho:
Não lhe volte as costas!

Clic sobre Box.tragédia.pps

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terça-feira, 1 de abril de 2008

Inspiração

[Postado por Flavio Ferrari]





Terra de geografia inspiradora, a ilha de Fernando de Noronha é, sobretudo, romântica.

Seja a vista dos "Dois Irmãos" ao por do sol, acidente geográfico que recebeu esse nome em função dos irmãos Noronha, que tinham uma proverbial fixação por seios, seja a visão do famoso Morro do Pico, também chamado de Dedo de Deus por Fernando himself, por associação com seu avantajado membro, notório entre as meninas da ilha, cada canto convida a pensar e a fazer.

E locais não faltam. Charmosas pousadas, praias desertas, águas tépidas e tranquilas ...

E eu, muito bem acompanhado, aproveitei cada momento.